segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ovogênese

Nos ovários, encontram-se agrupamentos celulares chamados folículos ovarianos de Graff, onde estão as células germinativas, que originam os gametas, e as células foliculares, responsáveis pela manutenção das células germinativas e pela produção dos hormônios sexuais femininos.

Os ovários alternam-se na maturação dos seus folículos, ou seja, a cada ciclo a liberação de um óvulo, ou ovulação, acontece em um dos dois ovários.




A ovogênese é dividida em três etapas:
Fase de multiplicação ou de proliferação: É uma fase de mitoses consecutivas, quando as células germinativas aumentam em quantidade e originam ovogônias. Nos fetos femininos humanos, a fase proliferativa termina por volta do final do primeiro trimestre da gestação. Portanto, quando uma menina nasce, já possui em seus ovários cerca de 400 000 folículos de Graff. É uma quantidade limitada, ao contrário dos homens, que produzem espermatogônias durante quase toda a vida.

Fase de crescimento: Logo que são formadas, as ovogônias iniciam a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I. Passam, então, por um notável crescimento, com aumento do citoplasma e grande acumulação de substâncias nutritivas. Esse depósito citoplasmático de nutrientes chama-se vitelo, e é responsável pela nutrição do embrião durante seu desenvolvimento.

Terminada a fase de crescimento, as ovogônias transformam-se em ovócitos primários (ovócitos de primeira ordem ou ovócitos I).

Fase de maturação:Dos 400 000 ovócitos primários, apenas 350 ou 400 completarão sua transformação em gametas maduros, dependendo da espécie pode chegar até mais ovócitos completos. A fase de maturação inicia-se quando o animal alcança a maturidade sexual.

Quando o ovócito primário completa a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I, origina duas células. Uma delas não recebe citoplasma e desintegra-se a seguir, na maioria das vezes sem iniciar a segunda divisão da meiose. É o primeiro corpúsculo (ou glóbulo) polar.

A outra célula, grande e rica em vitelo, é o ovócito secundário (ovócito de segunda ordem ou ovócito II). Ao sofrer, a segunda divisão da meiose, origina o segundo corpúsculo polar, que também morre em pouco tempo, e o óvulo, gameta feminino, célula volumosa e cheia de vitelo.

Na gametogênese feminina, a divisão meiótica é desigual porque não reparte igualmente o citoplasma entre as células-filhas. Isso permite que o óvulo formado seja bastante rico em substâncias nutritivas.

Na maioria das fêmeas de mamíferos, a segunda divisão da meiose só acontece caso o gameta seja fecundado. Curiosamente, o verdadeiro gameta dessas fêmeas é o ovócito II, pois é ele que se funde com o espermatozóide.

Folículogênese


FOLÍCULO PRIMORDIAL:

Possui  uma camada de células epiteliais achatadas em torno do oócito.
Todas as fêmeas já nascem com todos os folículos primordiais.
Esse folículo não secreta hormônios nem responde aos hormônios da reprodução. 
Para que ocorra o desenvolvimento desses folículos é necessária a ação de fatores de crescimento, em especial o IGF - Fator de crescimento similar a insulina. (insulina like)
Ele faz com que ocorra a proliferação da monocamada de células e passe a ser um folículo primário.

FOLÍCULO PRIMÁRIO:
Possui mais de uma camada de células e essa não são mais achatadas, são cubóides.
Não produz hormônios esteróides.
Passa a responder às gonadotrofinas. Na presença de FSH o folículo primário se desenvolve e passa a folículo secundário.

FOLÍCULO SECUNDÁRIO:

Proliferação das camadas celulares e diferenciação em dois tipos celulares:
Células grandes e alongadas (cél. da teca)
Células pequenas e cubóides (cél. da granulosa)
As células da granulosa produzem a zona pelúcida que é formada por três tipos de proteínas PZP1; PZP2 e PZP3 (casca do óvulo), essa camada protege contra a penetração de espermatozóides intra-específica. É responsável pelo bloqueio da poliespermia. Após a entrada de um espermatozóide a zona pelúcida se modifica (muda de polaridade) e impede a penetração de outros espermatozóides.
FSH - estimula a produção de hormônios esteróides - estradiol
A secreção de fluído rico em estradiol vai se acumulando entre as células formando antros (buracos), formando o folículo em crescimento.

FOLÍCULO EM CRESCIMENTO:

Crescimento folículo, acúmulo de líquido entre as camadas celulares e formação de vários antros. Quando a quantidade de líquido é muito grande irá formar uma grande cavidade, união de vários antros formando o folículo de Graff.

FOLÍCULO DE GRAFF:  

Acontece a formação de uma membrana basal entre a camada granulosa e a da teca.
Ocorre a formação do " cumulus oóphoros" que é um pedúnculo de células que mantém o oócito projetado no interior do folículo. A camada de células que fica ao redor do oócito é chamada de "corona radiata" .
O folículo de graff deixa de ser dependente de FSH e passa a responder ao LH.
Somente os folículos antrais são capazes de ovular. Em bovinos devem ter mais de 8 mm.

PRODUÇÃO DE HORMÔNIOS NO FOLÍCULO

ESTRADIOL

As células da teca produzem andrógenos, esses passam pela membrana basal e na camada da granulosa esses andrógenos são transformados pela ação da aromatase em estradiol.
O estradiol será responsável pela indução dos sinais de cio e desenvolvimento da glândula mamária.

INIBINA

Quanto maior for o folículo, maior a quantidade de inibina produzida 
A inibina possui 
ação parácrina - inibindo o desenvolvimento dos folículos vizinhos.
ação endócrina - impede a liberação de FSH pela hipófise

FOLISTATINA

Parece que impede o desenvolvimento dos folículos adjacentes

ATIViNA

Ação autócrina - estimula as células que a produziram a se dividir
Quem controla tudo isso é o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano

Espermatogênese

A formação do espermatozóide é chamada de espermatogênese. O exterior de cada tubo seminífero é envolvido por tecido conjuntivo e, imediatamente em seu interior, existe grande número de células, chamadas espermatogônias. Essas células também são chamadas de células germinais masculinas, por ser delas que derivam todos os espermatozóides.





A espermatogênese pode ser dividida em três fases:

Fase de Multiplicação: Ocorre quando as espermatogônias diplóides se dividem por mitoses sucessivas. A primeira divisão mitótica origina duas outras espermatogônias igualmente diplóides, sendo que uma delas irá substituir a espermatogônia que iniciou o processo, garantindo assim a continuidade desta fase, durante toda a vida do indivíduo. A outra espermatogônia seguirá as transformações para tornar-se espermatozóide.

Fase de Crescimento Celular: Inicia-se sob estímulo dos hormônios gonadotróficos. As espermatogônias de localização mais profunda nos túbulos seminíferos passam a aumentar de volume, nutridas pelas células de Sertoli, caracterizando um curto período de crescimento. Nesta fase, não ocorrem divisões celulares. As espermatogônias passam então a ser denominadas de espermatócitos primários ou de primeira ordem. Estas células ainda mantêm a mesma carga cromossômica das espermatogônias, ou seja, continuam diplóides.

Fase da Maturação: Nesta fase, o espermatócito primário sofrerá uma divisão meiótica reducional (meiose I), originando dois espermatócitos secundários ou de segunda ordem. Estas células já são haplóides, pois possuem a metade do número de cromossomos dos espermatócitos primários. Na seqüência, os espermatócitos secundários sofrerão meiose equacional (meiose II), originando quatro espermátides igualmente haplóides.
 As espermátides haplóides não realizam mais divisões e sofrerão algumas modificações morfológicas e estruturais, denominadas espermiogênese, originando finalmente os espermatozóides. Portanto, cada espermatócito primário diplóide que participa da espermatogênese origina, ao final do processo, quatro espermatozóides haplóides.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Questionário Nº01

Olá, logo abaixo está o questionário Nº01 para melhor rendimento das aulas de Bases I.

01. Explique a síntese de esteróides sexuais na célula.

02. Cite cinco tipos de hormônios de natureza lipídica.

03. Qual o nome da estrutura que transporta o colesterol da linfa para a corrente sanguínea?

04. Esquematize e descreva previamente a intérfase do ciclo celular.

05. Quais são as proteínas responsáveis por promover o ciclo celular?

06. Qual a Cdk responsável por desativar tais proteínas que promovem o ciclo?

07. Na prófase I da meiose do ciclo celular, existem cinco subfases, quais são elas? Descreva minuciosamente o que ocorre nessas subfases.

08. Esquematize e explique detalhadamente o ciclo celular.

domingo, 24 de outubro de 2010

Guia de Laboratório - Microscopia de Luz

Guia prático para utilização do microscópio de luz.

1- O Microscópio de Luz

1.1- Generalidades

Um microscópio é um sistema óptico que transforma objeto pequeno em uma imagem bastante ampliada. Para se explicar como isto pode ser feito no microscópio de luz, basta lembrar que os princípios envolvidos neste processo são os mesmos desenvolvidos nos últimos 400 anos para a óptica de luz.

1.2- Normas Básicas de Microscopia de Luz

1.2.1- Nunca levante a platina do microscópio olhando pela ocular. Olhe por fora, para não se arriscar a quebrar a lâmina e estragar a objetiva.

1.2.2- Nunca toque com os dedos ou com os cílios na ocular, para não sujá-la.

1.2.3- Nunca levante o microscópio da mesa segurando pelo canhão (ou tubo). Transporte-o com uma das mãos, segurando pelo suporte (ou pelo braço) do microscópio, e a outra, na base, para não o deixar cair.

1.2.4- Transporte o microscópio sempre em posição vertical, para a ocular (as vezes solta) não cair.

1.2.5- Nunca substitua uma objetiva por outra de maior aumento, sem observar, por fora, se a objetiva trocada tocará na lâmina. Se esse for o caso, abaixe a platina.

1.2.6- Cuidado para não usar a objetiva de imersão pensando que é outra. Esta tem um anel preto para distingui-la.

1.2.7- Nunca deixe o tubo (canhão) do microscópio sem a ocular, para não penetrar poeira.

1.2.8- Não se retire do laboratório antes de engatilhar a objetiva de pequeno aumento e abaixar a platina completamente, bem como observar a limpeza da objetiva de imersão, se esta foi usada.

1.2.9- Manipule o microscópio com delicadeza, nunca brinque com suas partes sem necessidade, nem mexa nelas. Conserve-o limpo. Um microscópio tem um valor quantitativo alto.
Observação: Caso encontre algum defeito no seu microscópio, não tente consertá-lo. Chame o professor e mostre-lhe o defeito constatado.

1.3- Rotina com o Microscópio

1.3.1- Levante (ou afaste) a presilha e fixe a lâmina sobre a platina (mesa), de maneira que a peça a ser observada coincida com o orifício da mesma.

1.3.2- Verifique se o diafragma (do condensador) está aberto. O grau de abertura é controlado por uma pequena alavanca (ou botão circular) no corpo do condensador.

1.3.3- Ao iniciar o trabalho, engatilhe a objetiva de menor aumento na posição de observação.

1.3.4- Levante a platina com o dispositivo (parafuso) macrométrico, até quase encostar na lâmina.
Não mais se utilize deste dispositivo (parafuso) para movimentar a platina (mesa).

1.3.5- Caso use óculos, guarde-os, pois o microscópio corrige o seu defeito de visão.

1.3.6- Com os olhos na ocular, baixe a platina (mesa) com o dispositivo (parafuso) macrométrico até se esboçar a imagem.

1.3.7- Utilizando-se, agora, do dispositivo (parafuso) micrométrico, obtenha maior nitidez.

1.3.8- Repita o procedimento com outros aumentos e procure esquematizar (“desenhar”) o observado (preparo biológico).

1.3.9- Para trocar as objetivas, em alguns tipos de microscópio é possível fazê-lo diretamente girando o revólver, e utilizando-se do dispositivo (parafuso) micrométrico, para obtenção de nitidez. Em outros, porém, é necessário reiniciar o trabalho.

1.3.10- Para calcular a ampliação que está sendo utilizada, basta multiplicar os números gravados nas lentes: ocular e objetivas. Por exemplo:

Objetiva de 4 X e ocular de 10 X a ampliação será de 40 X
Objetiva de 10 X e ocular de 10 X a ampliação será de 100 X
Objetiva de 40 X e ocular de 10 X a ampliação será de 400 X
Objetiva de 100 X* e ocular de 10 X a ampliação será de 1000 X**
* Objetiva de imersão. **Aumento máximo útil

1.4- Introdução

Os cientistas, utilizando o microscópio de luz, perceberam que muitos dos seres vivos são de tamanhos inferiores à capacidade visual humana (em torno de 0,1 mm a 0,2 mm).
Para estudar estruturas menores que 0,2 mm, você deverá aprender a usar corretamente o microscópio bem como conhecer seu funcionamento e ainda suas limitações.
A principal finalidade do microscópio é permitir observação individualizada de pontos que estejam situados bem próximos uns dos outros (poder de resolução), pois se o microscópio não tiver capacidade de separar pontos, de nada adiantarão aumentos maiores, pois você só obterá manchas maiores (ampliadas). Normalmente, o poder de resolução dos microscópios de luz é de 0,2 mm.
Por ser um aparelho que visa fornecer aumento, ele é constituído por três tipos de conjuntos de lentes: a ocular, que fica próxima do observador, a objetiva, que fica próxima ao objeto a ser observado, e o condensador, que é um cone de luz sobre o objeto. A objetiva projeta uma imagem aumentada do objeto em direção à ocular, que amplia novamente a imagem e a projeta na retina ou numa chapa fotográfica. A ampliação total é igual ao aumento da objetiva multiplicado pelo aumento da ocular. O condensador não amplia a imagem mas influi na sua nitidez. Os microscópios podem ter apenas uma ocular (monocular) ou duas oculares (binocular) e 2, 3 ou 4 objetivas.
O aumento fornecido por cada peça destas vem marcado na própria peça. Assim, podemos ter na ocular um valor de 10x. Logo, estaremos usando um aumento de 400x.
Uma das objetivas pode ter uma tarja preta (100x). Esta é a objetiva de imersão, que mais tarde você aprenderá a usar. As objetivas ficam no revólver, encaixadas na parte de um tubo chamado canhão. No braço do aparelho existem dois parafusos. O maior é chamado macrométrico, para grandes movimentos de platina (onde está o objeto para ser observado). E o menor é chamado micrométrico, muito útil na focalização delicada dos objetos, pois realiza pequenos movimentos. Na platina, onde se coloca o material a ser observado, às vezes existem presilhas para prender a lâmina.
Em alguns microscópios, existe uma peça chamada chariot cujos parafusos movimentam o material a ser observado. Ainda na platina, existe um orifício abaixo do qual está situado o diafragma, que controla a intensidade da luz.
Alguns microscópios têm uma lâmpada embutida na base do aparelho, enquanto outros têm um espelho que deve ser movimentado, até conseguirmos que ele reflita a luz em direção ao orifício da platina.

1.5- Objetivos

Ao finalizar a prática de laboratório, e após a execução dos exercícios, você deverá ser capaz de:
a) identificar e manusear corretamente as peças do microscópio de luz;
b) determinar o aumento fornecido pelos diferentes jogos: objetiva-ocular;
c) iluminar adequadamente diferentes preparações;
d) fazer escalas relativas aos campos observáveis;
e) fazer esquemas relativos às estruturas observadas;
f) comprovar pessoalmente como funciona o microscópio.

1.6- Material

1.6.1- Fornecido pela instituição:

a) microscópio de luz;
b) fonte de luz;
c) lâmina preparada (qualquer que possa eventualmente ser descartada);
d) régua plástica transparente;
e) lâmina e lamínula virgens.

1.6.2- Adquirido pelos estudantes (grupo):

a) Apostila para Laboratório de Bases em Medicina Veterinária I
b) Uma (01) folha de Jornal para recortar a Letra “e” (Jornal);
c) Uma folha de papel milimetrado (para recortar 1 cm2 de papel milimetrado);
d) Uma (01) Tesoura;
e) Lápis de cor;
f) Apostila para Laboratório de Bases em Medicina Veterinária I;
g) Uma (01) caixa de lâmina (porta objeto);
h) Uma (01) caixa de lamínula (cobre objeto).

1.7- Cuidados:

- Antes de usar o microscópio observe se todas as partes estão limpas e em bom estado;
- Posicione-se corretamente, siga as normas básicas de microscopia de luz e a rotina com o
microscópio e trabalhe comodamente.

1.8- Procedimento:

Para que esta aula prática resulte mais eficiente, o trabalho pode ser dividido entre os integrantes de cada grupo. O trabalho pode ser simultâneo, o que permitirá a cada grupo ter a disposição as diferentes preparações e conseqüentemente cada estudante poderá, comparar os poderes do microscópio (resolução, amplificação, profundidade, inversão de imagens e de definição).

1.8.1- Profundidade de campo

Monte a letra “e” obtida de um jornal com o lado direito da letra para arriba sobre uma lâmina oferecida pelo seu professor. Adicione uma gota de água sobre o papel e coloque a lamínula sobre o material a ser observado, focalize-a com objetiva de 4X e 10X, com a lamínula voltada para platina.
A seguir, com objetiva de 40X. Neste caso, você conseguiu focalizar? Vire agora a lamínula para a objetiva. Agora, focalizou?.

Verifique, assim, que quanto maior a resolução da objetiva, menor é a profundidade de campo. Por outro lado, a abertura numérica é menor que as anteriores. Basta olhar diretamente a objetiva.

a- Observe as diferentes partes do microscópio e descreva a sua função;

b- Como é o campo de observação das objetivas 4X e 10X? Maior ou menor? Que conclusão pode deduzir sobre o poder do microscópio?

1.8.2- Medidas ao Microscópio de Luz

Você poderá determinar o tamanho aproximado dos objetos vistos ao microscópio, calculando o diâmetro e a área dos campos ao microscópio, observando com as diferentes objetivas.
a) Coloque a objetiva de menor aumento em foco.
b) Coloque 1 cm2 de papel milimetrado sobre uma lâmina. Adicione uma gota de água sobre o papel e coloque a lamínula sobre o material a ser observado. Determine o diâmetro do campo em milímetros. Transforme em micrômetros. Lembre-se que um micrômetro equivale à milésima parte do milímetro.
(1 μm = 0,001 mm)
c) Para determinar a área do campo, você terá que usar a fórmula:

A = pr2

Onde: p = 3,1416 e

r = raio

d) Para calcular o diâmetro de campo com a objetiva de aumento médio, é necessário verificar o número que indica a ampliação de cada objetiva.
e) Divida, então, o número que aparece na objetiva de aumento médio pelo número que aparece na objetiva de menor aumento. Você obterá um fator que indica quantas vezes é menor o campo para a objetiva de médio aumento.
f) Vejamos um exemplo:

Se a objetiva de menor aumento tem uma resolução de 4X, e a de médio aumento é de 40X, divida então 40 por 4. Você terá um fator igual a 10.
Assim, se o diâmetro do campo da objetiva de menor aumento for de 1,5 mm (1500 μm), então o diâmetro de campo com objetiva de médio aumento será de 1,5, dividido por 10, ou seja, 0,15 mm., isto é: 1500/10 = 150 μm

1.8.3- Localização de campo

De posse da lâmina oferecida pelo seu professor determine o campo das estruturas microscópicas que devem ser localizadas. Observe a estrutura com as diferentes objetivas, calcule a ampliação que está sendo utilizada e faça um desenho da estrutura que observou.

1.8.4- Apresentação do Relatório:

a- Faça uma introdução do relatório com base numa consulta bibliográfica;
b- O corpo do relatório deve possuir: material e métodos, procedimento, resultados e discussão.

- Descreva o procedimento e os resultados no relato;
- Discussão: Ao finalizar os procedimentos, com base numa revisão de literatura, faça uma descrição comparativa das estruturas que observou através do microscópio.

c- Faça os desenhos correspondentes às suas observações com lápis;
d- Consultando os desenhos que você fez, ou re-observando as suas preparações, e principalmente, raciocinando sobre o trabalho realizado, faça as suas conclusões.

Na correção serão considerados: (1) a redação do texto, que deve ser escrita no relato, citando as fontes bibliográficas, e visando comparar os resultados obtidos com os dados publicados pelos diversos autores que foram utilizados para redigir a discussão; (2) a quantidade e qualidade de fontes bibliográficas pesquisadas; (3) a clareza e relevância temática; (4) a apresentação ortográfica e gramatical; e (5) o questionário respondido.

Observação: cada aluno deve apresentar um relatório datilografado (maquina ou microcomputador).

O aluno que não assistiu à aula prática não poderá apresentar o relatório respectivo.

sábado, 25 de setembro de 2010

Ciclo Celular

Ciclo Celular:

O ciclo celular é o conjunto de processos que a célula passa durante a sua vida. O ciclo celular possui duas fases, a Intérfase e a Fase M. 

Intérfase:

Na intérfase é onde a célula começa a sua vida, ou seja, a intérfase corresponde ao período entre o final da divisão celular e o começo de uma segunda, é a fase em que a célula se encontra por mais tempo, é um périodo em que a célula está em atividade intensa e faz a replicação do seu DNA. Na intérfase vamos encontrar três sub-fases, a fase G0/G1, a fase S e a fase G2.

  • G0/G1:
Há uma produção intensa de Ciclinas e de proteínas Kinases que, consequentemente, vão fazer a célula crescer para a divisão.

  • Fase S:
Na fase S haverá a sintese de DNA, ou seja, a duplicação dos cromossomos, formando duas cromátides-irmãs.

  • G2:
Na fase G2 haverá a verificação do DNA, ou seja, a célula vai verificar se o DNA foi replicado corretamente, se houver erro de replicação, a mesma entrará em APOPTOSE que é a morte celular programada.

Fase M:

A fase M é a fase de divisão celular, o M pode ser denominado por Mitose ou Meiose, dependendo do tipo da célula.


Mitose:

  • Prófase:  
  1.  As cromátides se condensam.
  2. A carioteca desaparece.
  • Metáfase:
  1. Os cromossomos são alinhados no equador do fuso.
  2. Os microtúbulos do cinetocoro ligam cromátides-irmãs a polos opostos do fuso.
  • Anáfase:
  1. Separação das cromátides irmãs.
  2. Cada cromátide vai para um dos fusos.

  • Telófase:
  1. Os cromossomos chegam aos polos do fuso.
  2. Descondensação das cromátides.


Meiose:

A meiose permite a recombinação gênica de tal forma que cada célula diplóide é capaz de formar quatro células haplóides (três no caso da ovogênese, sendo que uma vai ser utilizada e as outras duas vão virar corpúsculo polar) genéticamente diferentes entre si. Isso explica a variabilidade genética de espécies com reprodução sexuada.


DIVISÃO REDUCIONAL.
  • Prófase I: 
É uma fase muito extensa, constituída por 5 subfases. 
  1. Leptoteno - Inicia-se a individualização dos cromossomos estabelecendo a condensação (espiralização), com maior compactação dos cromonemas.
  2. Zigoteno - Aproximação dos cromossomos homólogos.
  3. Paquíteno - Máximo grau de condensação dos cromossomos, os braços curtos e longos ficam mais evidentes e definidos, dois desses braços, em respectivos homólogos, se ligam formando estruturas denominadas bivalentes eu tétrades. Momento em que ocorre o crossing-over, também conhecido como permuta gênica, que é a troca de informações entre os cromossomos homólogos.
  4. Diplóteno - Começo da separação dos cromossomos homólogos e vizualização dos quiasmas.
  5. Diacinese - Finalização da prófase I, com separação definitiva dos cromossomos homólogos com suas informações já trocadas. Desaparecimento temporário da carioteca.
  • Metáfase I:
  1. Os cromossomos ficam agrupados na região equatorial da célula, associados às fibras do fuso.
  • Anáfase I:
  1.   Encurtamento das fibras do fuso, fazendo com que os cromossomos homólogos se desloquem para o fuso da célula.
  2. Não há separação do centrômero.
  • Telófase I:
  1. Desespiralização das cromátides, retornando ao aspécto de filamentos.
  2. Reaparecimento do nucléolo e da carioteca.
  3. O produto são duas células haplóides.
DIVISÃO EQUACIONAL.
  • Prófase II:
  1. Os cromossomos voltam a se espiralizar.
  2. Desaparecimento temporário da carioteca e nucléolo.
  3. Os centríolos se duplicam e se dirigem aos polos.
  • Metáfase II:
  1. Os cromossomos se organizam no plano equatorial com suas cromátides ainda unidas pelo centrômero, ligando-se às fibras do fuso.
  • Anáfase II:
  1.  Separação das cromátides irmã, puxadas pelas fibras em direção a polos opostos.
  • Telófase II:
  1. Aparecimento da carioteca.
  2. Reorganização do nucléolo.
  3. Divisão do citoplasma, gerando quatro células-filha haplóides.


    MPF:

    O ciclo celular é controlado por sinais químicos que introduzem a divisão celular, esses sinais químicos podem vir por meio externo que são hormônios e fatores de crescimento, ou por meio interno que temos duas proteínas que atuam que são as Ciclinas e Proteínas Kinase (CDKs). Ambas fazem a ativação da fase M, porém elas precisam ser desativadas para poder haver uma regulação neste ciclo e é ai que entra uma proteína que inibe as ciclinas e kinases, essa proteína é chamada de Ubiquitina, então os fatores de ubiquitina são quem desativam as proteínas que promovem o ciclo celular, fazendo com que haja um equilíbrio no metabolismo celular.

    sexta-feira, 24 de setembro de 2010

    Energia na Célula


    A célula precisa de energia para viver e para conseguir tal feito, ela precisará passar por uma série de processos metabólicos que irei destacar a seguir.
     
    Metabolismo:

    É um conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. O termo chamado Metabolismo Celular é um conjunto de reações que a célula sofre, essas reações são responsáveis pela síntese e degradação dos nutrientes ma célula permitindo o crescimento e a reprodução da mesma.

    As reações químicas do metabolismo estão organizados em Vias Metabólicas que são divididas em Vias Anabólicas e Vias Catabólicas que por sua vez, fazem parte do processo de anabolismo e catabolismo, essas vias metabólicassão compostas por sequências de reações em que o produto de uma vira o reagente da outra. As enzimas são vitais para o metabolismo porque permitem a realização de reações desejáveis ao organismo. Algumas enzimas regulam as vias metabólicas em resposta a mudanças no ambiente celular ou a sinais de outras células.
    O metabolismo é dividido em dois grupos: ANABOLISMO E CATABOLISMO.

    Anabolismo:

    É a parte do metabolismo responsável pela síntese de substâncias em um organismo, ou seja, a partir de moléculas mais simples podemos criar moléculas mais complexas, o anabolismo ocorre só quando há um elevado potencial energético, caso estege em um baixo potencial energético, acontece o CATABOLISMO.

     Catabolismo:

    É a parte do metabolismo responsável pela degradação de nutrientes adquiridos pelos seres vivos para obtenção de energia.

    Estágio do Catabolismo:
    1º Digestão: 

    Faz a degradação dos nutrientes produzindo Acetil-coenzima A, que será um dos fatores principais para a formação do ATP.
    Fig.1. Mecanismo simples de como gera o ATP.

    2º Glicólise:

    É a quebra da molécula de glicose, a glicólise produz ATP sem a participação de oxigênio molecular. Ela ocorre no citosol da maioria das células.
    Quando a glicose entra na célula ela irá imediatamente sofrer a quebra de suas moléculas de carbono, essa quebra da molécula de glicose é chamada de GLICÓLISE. Após a glicólise, o resultado final da via glicolítica ser';a duas moléculas de PIRUVATO, qie por sua vez irá ser lançada na mitocôndria ou cloroplasto para a sua conversão. O piruvato é convertido em CO2 e em acetil-coA, que será utilizada para a formação de ATP.
    Fig.2. Glicose em direção à mitocôndria.

    3º Formação de ATP:

    Vou explicar brevemente a formação de ATP, dessa maneira vocês poderão entender melhor.

    Para pode haver ATP, o corpo produz primeiramente ADP (adenosina DI-fosfato), o ADP é um grupo ribose com dois grupos de fosfato (P) ligados á oxigênio (O2). Quando a molécula ADP sofre uma hidrólise na  ligação do fosfato, o ADP vira ATP por conseguir transferir a molécula de fosfato do ADP para o ATP, ou seja, primeiramente precisa haver uma reação catalítica no ADP para a molécula de fosfato ser aderida á molécula que irá virar ATP.

    Fig.3. Ciclo do ATP.

    quinta-feira, 23 de setembro de 2010

    Células Eucariontes e Procariontes


    Suas semelhanças e diferenças:

    Diferenças do procarioto:

    1. Possuem um DNA circular;
    2.  Não possuem carioteca (membrana nuclear);
    3.  Ausência de organelas;
    4.  Possuem uma capacidade bioquímica (energética) muito maior;
    5.  Possuem uma dieta simples de nutrientes inorgânicos; 
    6.    Foram os primeiros seres vivos da Terra.
    Fig.2. Modelo de célula Procarionte.

    Diferenças do eucarioto:

    1. Possuem DNA organizado aos pares;
    2. Possuem carioteca(membrana nuclear);
    3. Possuem organeças;
    4. Os cientistas acreditam que esses seres surgiram por meio de simbiose entre as células procariontes com a mitocôndria ou cloroplasto;
     
    Fig.1. Modelo de célula Eucarionte.
      Semelhanças:

    1. Guardam sua informação hereditária no DNA;
    2. Replicam sua informação hereditária;
    3. Transcrevem sua informação hereditária no RNA;
    4. Usam proteínas como catalisadores;
    5. Ambas produzem ATP (adenosina trifosfato).
    Função de cada organela dos Eucariontes:

    Núcleo – Local onde fica armazenada toda a informação genética.

    Retículo endoplasmático liso – Síntese de lipídios e desintoxicação celular.

    Retículo endoplasmático rugoso – Síntese de proteínas.

    Complexo de golgi – armazena, transforma, empacota e enviam substâncias denominadas secreções.

    Lisossomos – Responsável pela digestão intracelular.

    Peroxissomos – Atuam na digestão e desintoxicação da célula, absorvendo substâncias tóxicas.

    Centríolos – Responsáveis pela formação do citoesqueleto, cílios e flagelos.

    Ribossomos – Comanda a sequência de aminoácidos da proteína, esse mecanismo (ribossomos) é controlado pelo RNA.

    Vacúolos – São cavidades do citoplasma, ou seja, bolsas membranosas que levam ou trazem para a organela substâncias junto com citoplasma.

    Mitocôndria – Contém DNA próprio, responsável pela respiração celular e produção de ATP.

    Cloroplasto – Responsável pela fotossíntese.

          
    2.